Julho se inicia e com ele mais uma ação de conscientização da população
A hora agora é de se ligar e se juntar à prevenção e aos cuidados com as hepatites.
Saiba mais sobre a campanha do julho amarelo
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Sancionada e publicada no dia 11 de janeiro de 2019 no Diário Oficial da União, a Lei 13.802 institui julho como o mês de combate às hepatites virais A, B e C. Então será bem comum ver nesse mês muitos tons amarelos com o objetivo de fortalecer a importância dos cuidados e prevenção das doenças.
Agora você sabia que foi apenas na 63ª Assembleia Mundial da Saúde, realizada em maio de 2010, que entidades de saúde alertaram sobre os perigos e a necessidade de divulgar mais as infecções virais?
Essas infecções por muito afeta a qualidade de vida das populações e a saúde pública como um todo e graças a campanha, isso vem diminuindo.
O Ministério da Saúde tem um papel importante nisso tudo, uma vez que promove campanhas e estimula a disseminação de informações sobre prevenção, sintomas e tratamentos das hepatites.
Fora isso, a união do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde organiza, todos os anos, iniciativas de enfrentamento necessárias à sociedade.
Dados do ministério indica que aproximadamente de 2 milhões de pessoas têm hepatite viral crônica e não sabem da condição.
E o que são as Hepatites Virais?
Trata-se de um grupo de doenças provocadas por vírus que provocam inflamações no fígado e, se não tratadas, levam a complicações irreversíveis.
São 5 tipos ou classes do agente infeccioso — A, B, C, D e E — que estão presentes em todo o mundo. Aqui no Brasil, as mais comuns são as dos tipos A, B e C.
Estima-se que no mundo são aproximadamente 400 milhões de pessoas cronicamente infectadas pelo vírus das hepatites B e C. Fora isso, outras 1,4 milhão têm o vírus do tipo A.
O mais curioso é que na maioria das vezes, o paciente não sabe que é portador da doença, uma vez que mesmo infectado, o organismo não manifesta sintomas.
Desta maneira, muitos ficam doentes sem saber e se complicam silenciosamente podendo ser bem graves, como casos de cirrose hepática e câncer hepático.
CONHEÇA CADA UM DOS TIPOS
Hepatite A
A hepatite A também é conhecida como hepatite infecciosa. A via de transmissão do agente é por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados, ou ainda pelo contato fecal-oral, em que a pessoa fica exposta às fezes contaminadas.
Geralmente, a condição não apresenta sintomas e quando diagnosticadas, podem causar cansaço, febre, dores abdominais, vômitos, pele e olhos amarelados, além de alteração na cor das fezes e da urina.
Um exame de sangue é o suficiente para saber se contraiu ou não a doença. O tratamento também é mais tranquilo se feito corretamente. A cura é total e são poucas as chances de complicação.
O tipo A tem vacina, sendo um meio eficaz de prevenção, além da higienização correta de alimentos e consumo de água potável.
Hepatite B
O tipo B da hepatite é sexualmente transmissível, sendo este um dos modos mais comuns de infecção.
A transmissão do vírus também pode ocorrer durante a gestação — de mãe para o filho —, no parto ou na amamentação, no compartilhamento de objetos pessoas — lâminas, alicates de cutícula, seringas —, além da transfusão de sangue.
O quadro é, geralmente, assintomático, ainda que sintomas brandos, como cansaço, vômitos, febre, pele e olhos amarelados possam se manifestar.
Exames de sangue detectam a existência ou não da doença. O tratamento pode necessitar de medicamentos.
A hepatite B tem vacina disponível nas Unidades de Saúde, sendo necessárias 3 doses para a imunização.
Hepatite C
A hepatite C é frequentemente transmitida por transfusão de sangue e compartilhamento de objetos pessoas, como lâminas de barbear, agulhas, escovas de dente, alicates de cutícula ou outros objetos usados para perfuração (como agulhas de tatuagem e piercing).
Mesmo pouco comum, a transmissão pode acontecer de mãe para filho na gravidez e durante o sexo, principalmente entre homens que fazem sexo com homens ou pacientes com HIV.
Os quadros tendem a ser assintomáticos, mas alguns pacientes podem manifestar os sintomas abrangentes da doença, como cansaço, febre, vômitos, pele e olhos amarelos.
Em média, 80% dos casos agudos evoluem para a condição crônica, ou seja, quando a doença persiste por mais de 6 meses.
Os exames para saer se têm ou não a doença são bastante importantes e podem ser feitos gratuitamente em unidades de saúde do SUS. O tratamento depende do quadro e estágio da doença, bem como do genótipo (tipo) do vírus.
Apesar de o tipo C não ter vacina, a prevenção é bastante simples.
Não compartilhar objetos perfurantes (seringas, lâminas) é bastante importante. Gestantes devem fazer o pré natal e realizar os exames de detecção, evitando possíveis transmissões.
O Julho Amarelo agora com amparo legal para a promoção da saúde, prevenção, informação e assistência em relação às hepatites virais colabora para a melhora e conscientização das hepatites.
A ação com âmbito nacional deve ter atenção em outros meses do ano – se ligar na oportunidade de vacinação, realização de exames periódicos, tratamento correto e busca de informações.
VACINAÇÃO HEPATITE A
A vacina contra hepatite A é produzida com microrganismos mortos ou fragmentos deles, fazendo com que não seja possível contrair a doença por meio da aplicação.
Na composição, há o antígeno do vírus da hepatite A, sal de alumínio amorfo, estabilizante (conforme o fabricante), cloreto de sódio a 0,9%.
Pode conter traços de neomicina (antibiótico), fenoxietanol e formaldeído.
A dose pode ser administrada em pacientes acima de 12 meses de idade, sendo que para Programa Nacional de Imunizações, a aplicação de 1 dose deve ocorrer entre 15 meses e 5 anos de idade.
VACINAÇÃO HEPATITE B
A vacina contra hepatite B é do tipo inativada, o que significa que não pode causar a infecção. Isso porque ela é produzida com a proteína do vírus da hepatite B.
Além dele, há na composição hidróxido de alumínio, cloreto de sódio e água para injeção, podendo conter fosfato de sódio, fosfato de potássio, borato de sódio e timerosal.
Toda a população pode receber, gratuitamente, a vacina contra hepatite B. Por isso, quem não se vacinou no período correto, pode — e deve — ir até uma unidade de saúde para receber o imunizante.
Na caderneta de vacinação, o tempo correto de aplicação é:
· 1ª dose ao nascer;
· 2ª aos 2 meses;
· 3ª dose aos 4 meses;
· 4ª aos 6 meses.
Crianças, adolescentes e adultos que não receberam a vacina na idade correta, devem receber 3 doses com intervalos de 1 mês entre a 1ª e a 2ª, e 5 meses entre a 2ª e a 3ª.
Os casos que são contraindicados para a vacinação incluem pessoas com alergias ou sensibilidade severa aos componentes.
Testes gratuitos
O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece testes gratuitos para diversas doenças, entre elas, as hepatites. E há 2 tipos, os testes rápidos e os laboratoriais. Com o teste rápido, leva cerca de 30 minutos para que o paciente receba o diagnóstico.
Como as hepatites podem não manifestar sintomas, observar se houve exposição a fatores de riscos é a principal forma de saber se é preciso realizar o teste.
Eles incluem compartilhar objetos cortantes ou perfurantes (alicates de cutícula, agulhas e seringas) ou sexo sem proteção.
Lembrando que o diagnóstico dos tipos B e C só pode ser feito depois, pelo menos, 60 dias da exposição ao vírus.
Prevenção da transmissão entre mãe e bebê
Ainda que menos comum, é possível haver transmissão da hepatite B para o bebê durante a gestação ou no parto — chamada de transmissão vertical.
Por isso, gestantes devem ser testadas para a doença. Caso o resultado seja positivo para hepatite B crônica, a paciente deve receber a profilaxia, que é um tratamento preventivo.
Em alguns casos, o médico pode julgar necessário administrar o tratamento profilático também ao bebê, após o nascimento.
Vamos juntos nessa campanha!
Até a próxima!!